segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Novo Blog

Gente,
estou com um blog novo.
Não sei se é o fim da Medusa, mas ela tá tirando ums férias para falar de Cinema, TV, literatura e etcetaras no http://www.arrozcomcatchup.blogspot.com/

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Estou triste outra vez. Na verdade, não sei o nome certo a dar a isso, mas sei que é incontrolável. Sei que me perco. E me dissolvo. E achei que fossem as novidades. Sempre as coisas novas. Mas não. Tinha um ano – ou quase, ou mais – que eu não ficava triste. Ou sei lá o nome desse descontentamento. Sei que é ruína. E quero chorar sozinha, sabendo que preciso de um médico. Para dar nomes e não abraços e penas. Quero nomear essa desilusão, esse despedaço. As roupas me sufocam, o cabelo cai no rosto, a cama me é dura ou mole demais. Esse descaminho é o pior. É meu castigo. Quero chorar e quero um médico. Quero um nome.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Para não deixar na gaveta (inspirada na alice)

























fotos de um casal bebendo seu raro vinho
fotos da namorada aprendendo a tomar vinho seco
fotos do namorado querendo embebedar a namorada
fotos de um casal bebendo vinho
obs: não se preocupem. isso não é poesia
só para não sumir.
ando sumida. é que estagio agora na minha área e estudo pra passar na UnB e tento ler e escrever e fazer a revista sair e tento fazer entrevistas e tento respirar e lembrar que a felicidade não é um destino, mas o caminho
e, como li em um blog, publico isso só pra não deixar na gaveta.
mas tenho novas...estou lendo a Obscena senhora D de Hilda
quero entrevistar os que conheceram Hilda...alguém tem contato com o espírito dos mortos?
é redundante falar espírito dos mortos?
pra esclarecer
o programa da Medusa na rádio continua
a Revista Objeto 2 vai sair
e eu vou publicar meu livro um dia
nova dúvida: publicar meus poemas
Por fim, queria ter menos perguntas pra mim



quinta-feira, 4 de junho de 2009

Com amor, para Patrícia 24

Hoje, faço 23 anos.
Passei meu aniversário dormindo e vendo televisão. Não, esse não é o meu dia perfeito. Mas é assim que eu costumo passar meus aniversários: choramingando.
Talvez, porque eu queira tanto que seja um dia perfeito que eu não consigo me decidir e acabo não fazendo nada. E quem me conhece sabe que eu opero a um milhão por hora.
E, depois de muito nada, eu entrei no orkut para pegar um recado e tinham aqueles clássicos ‘parabéns’ espalhados. Eu sei que, muitas vezes, as pessoas só fazem isso por automatismo; mas, mesmo assim, eu gostei. Para mim, foi um espanto ver que existia tanta gente. Foi uma surpresa ver que tinha um mundo lá fora que lembrava de mim.
Sei que isso é estranho, mas eu sou estranha. É meu charme.
Mas acho que no meu aniversário, sempre lembro de como sou sozinha e de como todos nós somos. Nascemos sós e vamos embora sós. Eu sei que dramatizo, mas é que, nesse dia, essa realidade fica bem mais clara pra mim. Como hoje. Eu recebi ligações e recados maravilhosos, meu namorado me ligou do Nepal, cercado por milhares de crianças gritando namasté, minhas amigas me chamaram para almoçar, mas...eu passei o dia sozinha em casa. Acho que, às vezes, eu atraio a solidão pra mim, quando as pessoas me machucam e eu simplesmente desisto de me importar, quando perguntam se eu estou bem e eu digo que ‘sim’, mesmo não estando, quando todo mundo demonstra o quanto eu sou especial, mas eu não me sinto o suficiente.
E é por isso que eu vou deixar uma carta para o meu próximo aniversário. Para me lembrar de que, no resto do ano, tudo isso é mentira. E são os outros 364 dias que contam.

Olá Patrícia, é seu aniversário de 24 anos e você provavelmente já conquistou muito mais do que eu, sua versão de 23 anos. E parabéns por isso. Com certeza, você fez tudo da forma certa e não teve que passar por cima de ninguém para chegar a lugar algum. E isso é algo para nos orgulharmos.
Provavelmente, você tem vários amigos, mas supõe que todos eles estão ocupados demais para sair com você. Mas eles não estão. Ligue para todos. Comemore!
Talvez, você tenha um namorado e, se ele estiver por perto, vai querer te ver. Não porque é obrigação dele, mas porque ele gosta de te ver sorrindo. É algo natural entre os seres humanos, não se preocupe.
E, se qualquer coisa te lembrar daqueles que não foram fiéis com o seu amor, lembre-se de que eles perderam a melhor parte, você, Patrícia 24. porque eu tenho certeza de que você será ainda melhor do que é hoje.
Eu acredito em você e vou trabalhar duro esse ano para me tornar no que você é.
Feliz aniversário! Compre um bolo e sopre sua velinha!

Goethe: "No momento em que nos comprometemos, a providência divina também se põe em movimento. Todo um fluir de acontecimentos surge ao nosso favor. Como resultado da atitude, seguem todas as formas imprevistas de coincidências, encontros e ajuda, que nenhum ser humano jamais poderia ter sonhado encontrar. Qualquer coisa que você possa fazer ou sonhar, você pode começar. A coragem contém em si mesma, o poder, o gênio e a magia.”

domingo, 24 de maio de 2009

Revista Objeto







Há um tempo atrás, eu vim falando que algo muito bom iria acontecer, mas que eu não podia falar ainda. Então, aconteceu!
Eu, a Cla, a Flora e o coletivo Fole fizemos a nossa revista!
É uma revista sobre arte feita sob encomenda para todas as exposições da galeria Objeto Encontrado.
Desculpe por não ter chamado ninguém para o lançamento, mas nem eu sabia! Cheguei para o lançamento da exposição e a revista estava pronta numa surpresa.
Estou tão feliz! Esse é o meu primeiro filho {assim eu sinto}!
Para quem está em Brasília, pode pegar sua edição de graça na Galeria Objeto Encontrado, na 102 norte. Para quem é de outro estado, me deixa o seu endereço que eu vou tentar mandar revista pelo correio pra todo mundo!
*Essa foto com a Clarice Gonçalves, artista plástica fantástica é de um momento muito especial.




segunda-feira, 18 de maio de 2009

Das coisas nojentas, gosto de roer as unhas e de espremer pêlos encravados.









Das coisas nojentas, gosto de roer as unhas e de espremer pêlos encravados. Das coisas nojentas, não gosto que espremam meus cravos e de quem rói a unha do pé.




Hoje tem muita coisa em jogo.


Ontem, eu só queria ficar só.


Amanhã, quero mais um email daqueles.




Alguém entendeu o que a Cat Power quis expressar nessa letra?
http://letras.terra.com.br/cat-power/125449/
Ela mistura até passagens bíblicas...



Um dia, há uns 6 meses atrás, estava em um engarrafamento Asa Sul - Guará, quando o Fabio ainda morava no Guará - e tive a idéia para uma personagem. Redescobri isso perdido no meu note:


Perfil da Personagem

Nome: ?
Caráter: não é boa nem má. Faz o que acredita sem levantar bandeiras, sem se preocupar com justiça, sem nenhuma moral além da sua, pois NÃO É INFLUENCIADA PELA OPINIÃO ALHEIA e NÃO SE PREOCUPA COM A OPINIÃO DOS OUTROS. Não se preocupa com nada. Não tem relógio, não tem nada certo. Não é foda, não pode tudo, mas não se importa. Ela vive. Faz as coisas, mesmo que não tenha talento para elas. Ter ou não talento não é uma limitação para a sua diversão.
Ela por ela mesma: Não sou bonita nem feia. Nem vencedora nem fracassada. Não me enquadro nesses conceitos.
Estilo de escrita: fala de músicas, tem opiniões sobre fatos reais e pode refletir sobre qualquer assunto.
Inspirações: Personagem de She talks to angels do Black Crows; amiga do João Gabriel
Profissões: vendedora de livretos pornográficos pela Internet (nada de mendiguismo poético em bares)
Episódios: *1- filme de ‘guerra’ da amiga do JB no cinema entre amigos;
2 - “será que quando eu te encontrar seremos como o Layne Staley e o pai e injetaremos heroína até a morte e a desilusão completa em nossas vidas?”;
3 - “eu não gosto de sonhar. Eu vivo. Se não estiver gostando do que vejo, eu mudo. Tenho medo das restrições que os sonhos dão às pessoas.”
4 – Pink do Aerosmith: “You can be my flamingo”
5 – mandar flor pintada de negro
6 – Faz a coisa mesmo sem talento. Tem banda em que canta super mal, mas se diverte. “Agora é um Fá, mas encaixo um Mi, porque não alcanço”
7 – caso do vendedor de pano de chão
8 – dizia que era BV para os meninos, só para eles se encherem da curiosidade dos primeiros.




Invisto?
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terça-feira, 12 de maio de 2009

trocas



Preciso de um calmante pra dormir, uma Dipirona agora e um troféu no final do mês.

Estou exausta e alucinando.

Hoje senti que estava à beira de uma rachadura no cérebro.

Preciso da minha saúde mental de volta.

Para poder pensar no branco, ficar no nada, esvaziar e reciclar.

Falando em reciclar, o Phil falou algo que eu achei muito lindo no último Programa da Medusa sobre covers. Ele disse que a Cat Power (seu nome verdadeiro é Charlyn Marie Marshall! eu queria ter inventado um nome artístico tão legal quanto Cat Power! ela tinha nome de filha de presidente dos Estados Unidos de filme...), em seu disco de covers, faz um cover de si mesma, se reciclando. Que lindo se reciclar assim. Achei...

{A direct hit of the senses you are disconnected}

Esse final de semana aconteceu algo muito louco. Consegui uma coisa que eu queria há muito tempo, mas ainda não fez sentido. Estava falando com mi madre sobre um estágio de jornalismo que vai rolar na ONU que paga muito bem, mas para o qual não sou qualificada porque não tenho inglês e espanhol fluentes. Aí, do nada, parece que ela finalmente entendeu o porquê de eu estar trabalhando feito uma condenada para conseguir pagar um curso no exterior. Yeah mum, I will work with what I want and recieve money to do it! Aí ela até me ofereceu um cursinho. Mas...sei lá...acho que tive de me virar tanto pra fazer esse sonho realidade, que me acostumei a não ganhar nada de ninguém. E, agora, parece errado aceitar essa ajuda. E tem também o detalhe de que acho que meus pais são pobres e que qualquer dinheiro que me dão é exploração filhal. Alguém concorda, entende ou joga pedra?


A verdade sobre o tempo livre


O tempo livre não é seu. É do seu empregador. Afinal, o tempo livre não é nada além da extensão do seu trabalho.

O tempo livre é definido como uma oposição ao período de trabalho, criando a ilusão de que ele também não se trata de uma obrigação.

Mas o é.

O tempo livre é apenas o período em que você é induzido a descansar e se divertir, afim de estar mais preparado para voltar a uma rotina de trabalho produtiva.

Qualquer programa de entretenimento apresenta um pretenso conteúdo que é apenas uma fachada. É somente a repetição automática de atividade reguladas. Disso sofre incuravelmente toda diversão.


(devaneios a partir de Adorno)


*Miss Van

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Hoje quero ser uma rata de galeria de arte.





Quero conhecer todas as de Nova York, quero ir nas galerias-apartamentos da Alemanha e quero ter quadros e ter amigos pintores, e quero pintar, e quero desenhar, e quero fotografar, e quero viver dessas imagens todos os dias pra sempre.
Mas será que eu tenho coragem de ser essa pessoa? Será que eu teria coragem ao menos de tentar?


Disseram que Guimarães Rosa fez um pacto com o Demônio para conseguir fazer Grande Sertão:Veredas. No livro mesmo, rola uma pacto {que, de acordo com o pessoal da conspiração, foi baseado no pacto real}. Grande Sertão é mesmo um livro genial. E é compreensível pra mim e pra um peão de obras. E você quer chorar no final. E eu baseei muito dos meus personagens no que eu chamo de sensação riobáltica. Que é você ser traído por nunca te revelarem uma verdade que sempre esteve tão perto, mas te foi negada. Mas o que importa nesse livro, mais do que tudo {e isso para mim, sempre} são essas frases: "O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem."


Acho realmente que o melhor que a vida pode nos oferecer é sorte e o melhor que nós podemos ofertar a ela é coragem. Principalmente, coragem de ser que somos.
Alguém dos leitores acha fácil ser quem é a qualuqer custo?
Você é a pessoa mais egoísta que eu conheço e a quem eu mais invejo também.
Vou seguir meu fluxo de consciência.
Quero as galerias. Mais do que tudo, quero a arte mais perto.
Acho que hoje experimentei a arte mais próxima. Acho que por isso estou tão afobada. Acho que está chegando, mas ainda não posso descansar. E, desculpem, ainda tenho que manter o tom paulo coelho de mistério.
Odeio paulo coelho - para constar - e escrevo o nome dele em minúscula por causa disso.
Além disso tudo, talvez eu finalmente tenha conseguido os fundos necessários para a minha grande viagem a, talvez, o velho continente, ou à parte de cima do nosso!
Quando TUDO realmente acontecer, eu saberei um pouco mais sobre quem eu sou e do que eu sou capaz.
Coisa que eu desconhecia.


Quero mostrar pra vocês Autumn Sonnichsen, fotógrafa erótica/pornográfica.






Autumn é uma tarada, como a descrevem seus amigos e modelos. E tenho me interessado tanto por fotografia que essa sacanagemzinha não podia me passar desapercebida quando abri a TPM do mês de abril.


Ela é uma californiana que já morou em tantos países que é fluente em frânces, espanhol, alemão e fala quase que perfeitamente árabe e português.


Mas o que ela quer é terminar a faculdade de arte, ser professora e abandonar o mundo, que ela acha chato, das revistas. Adoro esse desdém com a fama e o reconhecimento que não consigo ter.


A Autumn interessa, talvez, o que as pessoas revelam de si mesmas quando ficam peladas. Quem sabe esse é o motivo de eu ter gostado do trabalho dela. É íntimo, é sem limites, é quase invasor.


Acho algumas fotos dela bem ruins. Com a luz feia ou muito óbvia. E essa é certamente outra coisa que me fez gostar dela: expor as suas fragilidades ao invés de ficar só no the best. E, com isso, fazer do ruim, algo bom, porque é sincero... quem sabe...










Acho que não posso mostrar a parte mais picante no blogger...
Google her!




É bom escrever. Muito bom. Eu devo aparecer por aqui mais vezes. Mesmo que não haja ninguém. Dessa vez, só por mim.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Troca de Cuspes

so if you wanna burn yourself remember that I LOVE YOU
and if you wanna cut yourself remember that I LOVE YOU
and if you wanna kill yourself remember that I LOVE YOU
call me up before your dead, we can make some plans instead
send me an IM, i'll be your friend

Esse é um trecho da música Loose Lips da Kimya Dawson. Ela não é exatamente como eu pensava. Acho que eu esperava algo mais Cat Power. Mas estou viciada na música dela que é uma mistura de ingenuidade e melodias infantis com questões como não ter emprego e só querer tocar, o suicídio e os policiais invadindo a sua casa. Recomendo.








A Cat Power é outro vício que voltou na minha vida.
Descobri só nessa etapa de drogadícia que na música Good Woman, a minha preferida, é o Eddie Vedder que faz os backing vocals. Muito bom. Recomendo também.
Aliás, o Eddie Vedder fez um cd solo aparentemente para o filme Into the Wild (Na Natureza Selvagem). Muito bom. Ouçam Big Hard Sun, que eu toquei no último Programa da Medusa.





Sobre a loiridade
Ok, vamos tocar no assunto do cabelo.
Pensei em ficar loira, porque isso era novo e podia dar errado.
Ou podia dar certo.
O cabelo é realmente algo que muda as pessoas. Muita gente não me reconheceu.
E muita gente insiste em dizer que o cabelo vermelho fazia parte da minha personalidade.
Ou seja, it is a big deal.
Mas conclui que seria um bom desafio como artista me reconstruir esteticamente (o que é difícil para a maioria dos seres humanos) para não ter medo de reestruturar tudo o que eu tiver por dentro, sempre que necessário.
Agora, a coisa séria.
Acho que as mudanças radicais quebram o seu olhar comum para as coisas.
É uma reorganização de como as pessoas te veem e isso influencia em como você se percebe.
Uma chance de conhecer novas percepções não pode ser desperdiçada.
Eis o porquê da loiridade.

sábado, 2 de maio de 2009

Medusa Na Rádio - Aos 13

Queridos ouvintes, a enquete hoje é feita de vocês. Deixem um comentário com o seguinte tema: Quem eu me tornei desde os treze anos. Você pode ter se tornado o idiota viciado em dinheiro que você desprezava ou tudo o que você sempre quis.
Fique à vontade!

domingo, 26 de abril de 2009

crisis



Estou em crise.
Sou o tipo de pessoa que tem muitas crises existenciais.
Mas mesmo assim tenho amigos, ok? E namorado. E sou livre de inimigos.
Ou seja, não sou chata, apesar de ser confusa.
Minha crise sempre esteve por perto, mas eu já a chamei de várias coisas, mas a sua última nomenclatura me deixou assustada. Por ser tão verdade...
Num raro momento livre da minha vida, depois da prova da aula mais panaca de todas, eu, o Marco e o Dionísio sentamos no parco gramado da faculdade pra conversar.
O Marco está numa fase zen e cheia de ideais, o que me lembrou a mim mesma há 6 anos atrás, mas, ok, já superei a crise do momento hippie. O problema é que a gente começou a falar sobre signos, o que nunca me afetou, pois acredito e desacredito conforme minha vontade de negar ou aceitar o que se diz. Mas o caos começou quando ele disse que os geminianos não conseguem terminar nada e que isso não precisa ser um defeito. Os geminianos vieram para abrir várias portas e se envolver em vários projetos. Querer terminar algo contradiz seu instinto natural e te faz sofrer. Evoluir é aceitar isso. Ok, até aí eu estava em paz.
De noite, fui no cinema com o Fabio e encontrei a minha prima com o namorado por acaso. Resolvemos ver um filme juntos. A Carol sugeriu Divã, porque ela adora filmes brasileiros. Os homens disseram que a gente que decidia e eu aceitei a idéia da Carol. Divã, então.
O filme termina (quem não viu, não se preocupe, não revelo nada) com a personagem concluindo que todo mundo tem frustrações e que o importante é lidar com elas. Não se vai ter tudo, mas se tem alguma coisa.
Saímos do cinema com a Carol e o Ronald perguntando se a gente lidava bem com as frustrações.
Damn it! Não consegui nem responder. Ainda bem que eles mesmos movimentaram a conversa.
Meu Deus! Aí que caiu a ficha: minha maior frustração é não ter terminado nada relacionado à minha arte até hoje e...aparentemente, isso vai continuar desse jeito! Simplesmente, porque eu sou incapaz de terminar, de concluir, qualquer coisa relacionada à minha produção.
Estou em choque.
Desculpe, precisava compartilhar.

terça-feira, 21 de abril de 2009

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Histórias de uma corretora de imóveis



Se um casal está vendendo sua casa, é porque está se divorciando ou porque os filhos já saíram e eles estão sozinhos...
Se alguém vende um apartamento de dois quartos para comprar um de três, é porque a família está crescendo.
Se alguém está vendendo um apartamento de dois quartos para comprar um de três, mas desiste, é porque eles perderam o bebê...
Nem acredito que realmente cheguei aqui.
Achei que esse aqui não existisse para mim.
Para pessoas como eu...
Sem esperança. Sem persistência. Sem convicção.
Histórias vitoriosas nunca foram meu mote.
Se ligam tarde da noite, não é porque acreditam que você trabalha 24 horas por dia, é porque não conseguem dormir.
Se alguém não consegue se decidir, é porque realmente não encontrou o que queria. E vai continuar procurando.
Se um dia já não é tempo demais para quem espera, é porque já mudou de idéia e não espera mais.

Nem acredito que realmente cheguei aqui.
Se alguém está contando uma história, é porque ela já acabou.




Obs: Não haverá o programa da Medusa na Rádio Sonora esse final de semana por causa do feriado!

sexta-feira, 3 de abril de 2009





Gostaria de ter coragem de largar tudo ao invés de ir juntando, tão aos poucos, garantias...
Queria pegar o dinheiro que tenho e comprar a passagem para a Inglaterra, ficar na casa daquela amiga de quem não gosto, não respeito e não confio, tentar arranjar emprego mesmo com a crise e isso! Ao invés de trabalhar mil horas por dia, ter dois empregos, ter de vestir terninho no final de semana e rezar para o dinheiro aumentar esse mês.
Alguns dias eu descubro que toda luta é vã.
Alguns dias eu descubro que quero continuar lutando.
E todos os dias ainda são o mesmo dia.
Preciso de uma nova esperança, para alimentar uma nova crença em uma nova ideologia.
Já gastei todas as minhas.

Texto e não Conto

Ela ainda me ama ou também tem medo de terminar com isso?
Deep breath.
Mas eu durmo bem. Escovo os dentes, retiro a lente e afofo o travesseiro.
But in the daylight it isn’t the same.
Está tudo bem?
Eu não quero passar por isso de novo.
{Eu também não.}
We are both broke.
Será que me conserto se ficarmos separadas?
Preciso de outro código.
Com as palavras não consigo mais.
= olhar triste, corpo fraco.
We both suffer. I didn’t notice that.

*Pintura de Clarice Gonçalves

segunda-feira, 30 de março de 2009

Últimas notícias



A experiência da rádio foi emocionante. E agora eu pensei que eu deveria ter tirado uma foto lá como registro, mas esqueci, então fica para a próxima! Tive vários problemas técnicos de músicas que não abriam, justamente as que eu tinha preparado mais coisas para falar. Mas foi ótimo. Ainda estou tímida (me chamaram de aeromoça), mas sei que vou melhorar. Plano para o próximo programa: falar com mais animação, dar um jeito de gravar e tirar fotos. De qualquer forma, adorei falar e saber que tinham pessoas ouvindo e curtindo o som. Sou imensamente agradecida ao Comentador Fiel que, além de mandar comentários animadores, chamou outras pessoas para ouvir a rádio! Pra quem perdeu, fica o endereço do site que toca em qualquer lugar do mundo: www.sonorafm.com.br. O Programa da Medusa toca todos os sábados, de 7 às 8 da noite! Me ouçam lá!

E espero que eu possa dar uma boa notícia muito em breve: o lançamento da minha revista! Está tudo em período final de produção. E a probabilidade é que ela saia em abril! Tá ficando tão linda e eu tô conhecendo gente tão interessante por causa das entrevistas...Mantenho-vos informados!

E o meu dia foi esse no sábado. Entrevistas emocionantes, programa de rádio começando...se não fosse essa gente agressivamente bêbada e o ódio que guardo no coração, teria sido um dia perfeito! Plano urgente: resolver o problema do ódio...hoje!

sábado, 28 de março de 2009

Medusa na Rádio!

O Programa da Medusa toca todos os sábados de 19 às 20h, logo antes da balada (como dizem os paulistas).

Para quem mora na Asa Norte, dá para ouvir pelo rádio mesmo, na 103,7 FM!!!

Os outros podem ouvir pelo site: http://www.sonorafm.com.br/



sexta-feira, 20 de março de 2009

A pree propôs um “e se” no blog dela. Confesso que brinco disso quase todo dia. E se eu largasse esse emprego? E se eu ganhasse o dinheiro daquela venda? E se o dólar caisse? (Agora sem acento) E se eu conhecesse alguém que fizesse tudo diferente? E se eu virasse loira? E se eu não tivesse feito Letras? E se eu resolvesse mudar para outro país sem grana, sem medo, só sonhos? Será que isso iria resultar em uma Patrícia feliz, em seu loft/lugar abandonado, com uma pessoa que a ama e que ela sabe amar, sendo uma artista marginal, mas com dinheiro no bolso? Eu gostaria de ser essa Patrícia.
Ou será que nunca saio do circuito trabalho/burocracia/sobrevivência, sou uma jornalista medíocre e uma escritora nunca descoberta? Esse ‘se’ me apavora todos os dias.
Eu também poderia estar fazendo um eterno cursinho para entrar no Rio Branco, nunca ser diplomata, sempre estudante, engordando de stress, como realmente poderia estar acontecendo nesse momento.
Ainda bem que eu tomei a decisão certa.
Hoje eu poderia ser uma psicóloga, concurseira, cheinha, de cabelos castanhos...
...mas não sou.
Eu me sinto bem com o que aconteceu comigo até agora. E eu realmente precisava sentir isso nesse momento.
Façam o teste do ‘e se’ também!

quarta-feira, 18 de março de 2009



Não trabalho mais em escritório. Percebi isso em uma entrevista na semana passada. Depois de sentir o gosto de trabalhar nas ruas, sei que não fico mais de 4 horas com a bunda sentada na cadeira. Nesse sentido, amo o trabalho de corretora e vejo que ser jornalista vai ser bom para mim, assim como Letras foi importante naquele momento de introspecção profunda. Fico feliz de ter sobrevivido até aqui, de ter experienciado tudo isso para que eu descobrisse um pouco mais do meu pedaço da vida.

O livro está andando agora. Tenho pouco tempo entre os dois trabalhos e a faculdade. Mas, nos meus 45 minutos de intervalo, faço render. Encontrei um ilustrador ideal para fazer a capa do livro. Vou ter capa antes de ter livro! Esse filho está alimentando grande parte do meu prazer diário. Na verdade, ele é quase um segredo, meu momento escondido de absurdo deleite. Me esbanjo. Até o final do ano ele tem de estar terminado. Foi promessa de ano novo.

sábado, 7 de março de 2009

Biografia da autora



Não posso dormir mais de oito horas por dia que tenho pesadelos. Gosto da unha dos pés com esmalte escuro. Marrom, vermelho, preto. A primeira mulher que amei foi Sylvia Plath. Depois, foi Simone de Beauvoir. Por ela, desisti do jornalismo e da psicologia e estudei letras. Minha infância é composta de MTV e, por isso, ainda quero ser uma VJ. Tenho inveja, portanto, de Mayra Dias Gomes. E creio que ela roubou minha idéia, porque eu já tinha bolado um programa sobre literatura. Pergunto-me se os mortais sem nome ainda serão nomeados diante do mundo um dia. Não suporto o obscurantismo. Sentimento comum em toda a minha vida: estou sozinha. Mas tenho muitos amigos, namorado, família. Ainda assim, meus pesadelos do sono prolongado me lembram constantemente da minha verdade pessoal – a solidão. Dramatizar me deixa um pouco aliviada. Talvez a poesia salve os afogados mesmo. Tenho crise todas as quintas, sextas e domingos. Não consigo trabalhar, ler, escrever... Fico inútil e só dor no nada. Nos outros dias da semana, sou uma garota feliz e produtiva. Sofro quando dizem que sou louca. Gosto de almoçar e não me importo se não comer à noite. Mas a minha refeição preferida é o café da manhã. Bebo capuccino. Tenho olhos de capuccino, como a minha personagem. Um prazer: ver coisas bonitas. A beleza me inspira. Ainda mais quando acompanhada de algo feio. Sempre quis ter um grupo de amigos que gostassem de ler e escrever também. Acho que o blog é uma tentativa de saciar a minha criança isolada. Posso ser linda ou passar desapercebida. Depende do dia. Hoje, estou neutra. Dormi dez horas, tive um pesadelo e sei que domingo será um dia difícil, mas que na segunda tudo vai ficar bem.

domingo, 22 de fevereiro de 2009


Porque até à morte
terei fome





Terei toda a aparência de quem falhou, e só eu saberei se foi a falha necessária.

Clarice Lispector



Parte I – Borboletas de carne




∞ Ao leitor ∞

Eu nasci para amar e eu amarei esse amor para sempre. Eu sabia que ele viria. Encontrá-lo não foi uma surpresa agradável ou um terrível ardil do destino, era a concretização de quem eu sou.

E essa é só mais uma história de amor.

Mas é pus, casa de botão vazia. Meu rastro.

Venho denunciar esta paixão.

A matéria-prima deste livro é o suco que sobra do beijo de todos os apaixonados.

{Deleite-se como eu me joguei sentindo}
.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

bags, we are all alone
quem consegue amar um saco?
eu sou realmente um saco de emoções.
quem consegue amar um saco?

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Stop being a drama queen




Eu pensei que um curso de cinema, de graça, na cidade que mais adoro do Brasil fosse foder com os meus miolos de forma irrecuperável. Pensei que voltar a trabalhar, voltar a ter problemas candangos, voltar, voltar, voltar, fosse provocar o momento em que eu diria “Ok. Largo tudo e vou para Índia para me espiritualizar” (que nem a Alanis fez depois do Jagged Little Pill), mas...
Sampa tem a cultura de todos os lugares além da sua que é essa mistureba mais um ingrediente secreto. Esse mês seria um teste pra mim. Um teste para checar se eu gosto de São Paulo somente como turista ou se eu moraria lá também. A conclusão para mim é clara: sim! Eu amo São Paulo! Voltaria pra lá agora mesmo.
Eu só sinto falta de um tempo em que eu não tinha lembranças tão pesadas...
Mas eu decidi que me desafiarei esse ano só falando das coisas boas (que também existem, mas são reprimidas pela minha mente fã de drama)!
Uma das coisas mais interessantes que aconteceu em São Paulo foi que eu sobrevivi. E por mais que Sampa não seja um lugar ermo ou insalubre (apesar na quantidade de grama não corresponder às expectativas de tantos cachorros), ainda assim, foi uma atividade desbravadora para alguém que viveu somente de seus próprios recursos durante um mês.

Além disso, eu fiz um filme! Mais especificamente, fiz o roteiro de um curta que foi gravado (esse é o termo para digital) por outro grupo e fiz o som e a edição do curta do meu grupo! Cinema, realmente, é tão excitante quanto se diz e eu estou tentada a virar roteirista! Infelizmente, tenho que esperar a Academia me mandar os curtas para poder postar por aqui e esse trâmite pode demorar quase dois meses!
Saudade de caminhar pela Paulista!
Bem, pessoas de São Paulo comem, fodem com quem não deviam e dormem pouco como na maioria dos estados, mas, certamente, elas têm à sua disposição muito mais variedade do que qualquer um de nós. Fiquei um mês em São Paulo e não consegui ir à D.Edge (fiquei na fila da porta), à Loka, ao teatro, ao corujão de cinema...contudo, provei a pizza de Sampa, que é boa mesmo e explorei a exploração sexual da Augusta!

Mal cheguei em Brasília, tive de ir no Iesb para resolver a situação das minhas matérias. Tinham duas chocando horário na segunda-feira e outra que eu não consegui mudar de turno. Fiquei feliz porque acabou que vou fazer Técnicas de entrevista e reportagem logo de cara, o que é super prático, perfeito para o momento. E parece que o professor escreve para a Carta Capital, o que eu não tenho certeza se é bom ou péssimo, já que quero me manter longe do meio político e fazer o jornalismo mais alternativo que a realidade me proporcionar.


Parênteses: Alguém sabe como posso encontrar a trilha sonora do Edukators? É perfeita!


Blogueiros, prestem atenção:
“Somos todos interessados em pessoas. Está em nossos genes. Mesmo quando crianças, preferimos olhar para um rosto humano do que para outra coisa qualquer. Esta é a razão pela qual fofocas de celebridades são tão populares e procuradas. É por que temos tanto interesse em biografias e lemos blogs.” Ian Strawn (pintor extra realista)

Tentarei escrever mais no blog, tentarei ser mais positiva, tentarei terminar meu romance este ano e tentarei ser Patrícia Colmenero somente.


http://www.photofunia.com/


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Cartas de São Paulo




Presto atenção em tudo para não perder nem um borrão. Essa cidade me fascina, mãe. E eu estranho que todos não estejam tão hipnotizados quanto eu. Cada imagem inaugura um monte de reações em mim. Estou excitada com as ruas de pedra, a moda estranha e as longas caminhadas.
Quero tanto esse mundão! Mas tenho medo dele não me querer. Estou ansiosa pelos próximos dias e sei que é o medo que justifica e valida as coisas, mas toda essa animação me assusta.
Escrevo tudo isso porque tenho de entrar em contato outra vez com o que há por dentro para me tornar uma boa escritora.
Obrigada, mãe, por ser meu porto seguro.





Vi duas mulheres andando com os cachorros no shopping que entrei para almoçar. Senti falta do Toff, principalmente, e dos outros três.
Nesse sentido, São Paulo já superou várias gerações de crises de velhice precoce ou não. Trabalhando nas lojas, muitas pessoas têm piercings, cabelo raspado, dread, sobrancelha no lápis e o cachorro na coleira. E nem aí. Eu, na minha vivência de pequena cidade grande, ainda me deslumbro com isso.



Amanhã é meu primeiro dia de aula e a academia é surreal. Ela se encaixaria perfeitamente em todos os meus referenciais para alternativo. E eu, jeca que sou, me sinto como um ET tentando parecer legal. Mesmo assim, já que estou aqui, talvez o destino queira me dizer que já faço parte desse seleto grupo dos cool. E eu e o Fabio já fizemos vários planos do que vamos fazer com os nossos futuros prováveis amigos de curso. Uma delas é perguntar onde tem narguilé barato porque encontramos um pequeno por R$ 69! E isso no shopping de um dos bairros mais caros da cidade! Viva o dinheiro de Brasília em São Paulo!

Até fevereiro!