quinta-feira, 7 de maio de 2009

Hoje quero ser uma rata de galeria de arte.





Quero conhecer todas as de Nova York, quero ir nas galerias-apartamentos da Alemanha e quero ter quadros e ter amigos pintores, e quero pintar, e quero desenhar, e quero fotografar, e quero viver dessas imagens todos os dias pra sempre.
Mas será que eu tenho coragem de ser essa pessoa? Será que eu teria coragem ao menos de tentar?


Disseram que Guimarães Rosa fez um pacto com o Demônio para conseguir fazer Grande Sertão:Veredas. No livro mesmo, rola uma pacto {que, de acordo com o pessoal da conspiração, foi baseado no pacto real}. Grande Sertão é mesmo um livro genial. E é compreensível pra mim e pra um peão de obras. E você quer chorar no final. E eu baseei muito dos meus personagens no que eu chamo de sensação riobáltica. Que é você ser traído por nunca te revelarem uma verdade que sempre esteve tão perto, mas te foi negada. Mas o que importa nesse livro, mais do que tudo {e isso para mim, sempre} são essas frases: "O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem."


Acho realmente que o melhor que a vida pode nos oferecer é sorte e o melhor que nós podemos ofertar a ela é coragem. Principalmente, coragem de ser que somos.
Alguém dos leitores acha fácil ser quem é a qualuqer custo?
Você é a pessoa mais egoísta que eu conheço e a quem eu mais invejo também.
Vou seguir meu fluxo de consciência.
Quero as galerias. Mais do que tudo, quero a arte mais perto.
Acho que hoje experimentei a arte mais próxima. Acho que por isso estou tão afobada. Acho que está chegando, mas ainda não posso descansar. E, desculpem, ainda tenho que manter o tom paulo coelho de mistério.
Odeio paulo coelho - para constar - e escrevo o nome dele em minúscula por causa disso.
Além disso tudo, talvez eu finalmente tenha conseguido os fundos necessários para a minha grande viagem a, talvez, o velho continente, ou à parte de cima do nosso!
Quando TUDO realmente acontecer, eu saberei um pouco mais sobre quem eu sou e do que eu sou capaz.
Coisa que eu desconhecia.


Quero mostrar pra vocês Autumn Sonnichsen, fotógrafa erótica/pornográfica.






Autumn é uma tarada, como a descrevem seus amigos e modelos. E tenho me interessado tanto por fotografia que essa sacanagemzinha não podia me passar desapercebida quando abri a TPM do mês de abril.


Ela é uma californiana que já morou em tantos países que é fluente em frânces, espanhol, alemão e fala quase que perfeitamente árabe e português.


Mas o que ela quer é terminar a faculdade de arte, ser professora e abandonar o mundo, que ela acha chato, das revistas. Adoro esse desdém com a fama e o reconhecimento que não consigo ter.


A Autumn interessa, talvez, o que as pessoas revelam de si mesmas quando ficam peladas. Quem sabe esse é o motivo de eu ter gostado do trabalho dela. É íntimo, é sem limites, é quase invasor.


Acho algumas fotos dela bem ruins. Com a luz feia ou muito óbvia. E essa é certamente outra coisa que me fez gostar dela: expor as suas fragilidades ao invés de ficar só no the best. E, com isso, fazer do ruim, algo bom, porque é sincero... quem sabe...










Acho que não posso mostrar a parte mais picante no blogger...
Google her!




É bom escrever. Muito bom. Eu devo aparecer por aqui mais vezes. Mesmo que não haja ninguém. Dessa vez, só por mim.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Troca de Cuspes

so if you wanna burn yourself remember that I LOVE YOU
and if you wanna cut yourself remember that I LOVE YOU
and if you wanna kill yourself remember that I LOVE YOU
call me up before your dead, we can make some plans instead
send me an IM, i'll be your friend

Esse é um trecho da música Loose Lips da Kimya Dawson. Ela não é exatamente como eu pensava. Acho que eu esperava algo mais Cat Power. Mas estou viciada na música dela que é uma mistura de ingenuidade e melodias infantis com questões como não ter emprego e só querer tocar, o suicídio e os policiais invadindo a sua casa. Recomendo.








A Cat Power é outro vício que voltou na minha vida.
Descobri só nessa etapa de drogadícia que na música Good Woman, a minha preferida, é o Eddie Vedder que faz os backing vocals. Muito bom. Recomendo também.
Aliás, o Eddie Vedder fez um cd solo aparentemente para o filme Into the Wild (Na Natureza Selvagem). Muito bom. Ouçam Big Hard Sun, que eu toquei no último Programa da Medusa.





Sobre a loiridade
Ok, vamos tocar no assunto do cabelo.
Pensei em ficar loira, porque isso era novo e podia dar errado.
Ou podia dar certo.
O cabelo é realmente algo que muda as pessoas. Muita gente não me reconheceu.
E muita gente insiste em dizer que o cabelo vermelho fazia parte da minha personalidade.
Ou seja, it is a big deal.
Mas conclui que seria um bom desafio como artista me reconstruir esteticamente (o que é difícil para a maioria dos seres humanos) para não ter medo de reestruturar tudo o que eu tiver por dentro, sempre que necessário.
Agora, a coisa séria.
Acho que as mudanças radicais quebram o seu olhar comum para as coisas.
É uma reorganização de como as pessoas te veem e isso influencia em como você se percebe.
Uma chance de conhecer novas percepções não pode ser desperdiçada.
Eis o porquê da loiridade.