quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Minha vida de cineasta + jornalista - minha literatura

Comprei ontem Minha Vida de Stripper, da roteirista de Juno, Diablo Cody. Comecei a ler imediatamente, mas me freiei porque tenho Na natureza selvagem em processo de devoração. E, passei para depois, a bio da Amy. Toda essa enrolação porque, em um dos meus três trabalhos, tive de cobrir (sem credenciais, ingressos grátis, nada) o FIC (Festival Internacional de Cinema de Brasília), o que eliminou minhas leituras noturnas (único horário em que elas acontecem), mas, como resultado de tão árduo trabalho, tive sorte! Ganhei uma bolsa de um intensivo de cinema em São Paulo! É durante todo o mês de janeiro na AICinema! Então, tô escarrando felicidade porque coisas legais nunca acontecem com os pobres que trabalham com burocracia. E, seguindo a linha da bolsa, vocês se importam se eu me perder um pouco e não conseguir mais escrever literatura por um tempo e postar coisas pessoais, inúteis para os que passam fome na África? Eu tô travada. A loucura do mundo do trabalho e do fato de me descobrir totalmente sem verbas para viagens pelo mundo (as quais nunca fiz, mas imagino que sou do tipo que faz) me faz operar meu cérebro gasto mais do que ele está acostumado. Conclusão: meu tempo para meditação, observação do caos e da dor estão bem reduzidos. Conclusão 2: sem tais sublimações, não escrevo. Conclusão 3: mas preciso escrever. Só não tenho o tempo e os calos para fazer arte agora. E também sempre quis ser daquelas pessoas que ficam famosas porque tinham um blog em que contavam sua vida que nem imaginavam que era fascinante e ficam famosas e fazem livros e são felizes e ganham com arte sem precisar ser comercial, necessariamente, claro. Outro fato relevante, que leva às conclusões, é o fato de que passei para a faculdade de jornalismo! Sim! Ano que vem, estudarei à noite, e trabalharei 3 turnos (?) durante o dia. Sim!!!Então...isso muda o foco também. É complicado dizer para onde irá o futuro, mas pode ser que, como a Diablo Cody, eu consiga escrever meus livros depois de ser não stripper, mas professora, jornalista e corretora.