sexta-feira, 20 de março de 2009

A pree propôs um “e se” no blog dela. Confesso que brinco disso quase todo dia. E se eu largasse esse emprego? E se eu ganhasse o dinheiro daquela venda? E se o dólar caisse? (Agora sem acento) E se eu conhecesse alguém que fizesse tudo diferente? E se eu virasse loira? E se eu não tivesse feito Letras? E se eu resolvesse mudar para outro país sem grana, sem medo, só sonhos? Será que isso iria resultar em uma Patrícia feliz, em seu loft/lugar abandonado, com uma pessoa que a ama e que ela sabe amar, sendo uma artista marginal, mas com dinheiro no bolso? Eu gostaria de ser essa Patrícia.
Ou será que nunca saio do circuito trabalho/burocracia/sobrevivência, sou uma jornalista medíocre e uma escritora nunca descoberta? Esse ‘se’ me apavora todos os dias.
Eu também poderia estar fazendo um eterno cursinho para entrar no Rio Branco, nunca ser diplomata, sempre estudante, engordando de stress, como realmente poderia estar acontecendo nesse momento.
Ainda bem que eu tomei a decisão certa.
Hoje eu poderia ser uma psicóloga, concurseira, cheinha, de cabelos castanhos...
...mas não sou.
Eu me sinto bem com o que aconteceu comigo até agora. E eu realmente precisava sentir isso nesse momento.
Façam o teste do ‘e se’ também!

quarta-feira, 18 de março de 2009



Não trabalho mais em escritório. Percebi isso em uma entrevista na semana passada. Depois de sentir o gosto de trabalhar nas ruas, sei que não fico mais de 4 horas com a bunda sentada na cadeira. Nesse sentido, amo o trabalho de corretora e vejo que ser jornalista vai ser bom para mim, assim como Letras foi importante naquele momento de introspecção profunda. Fico feliz de ter sobrevivido até aqui, de ter experienciado tudo isso para que eu descobrisse um pouco mais do meu pedaço da vida.

O livro está andando agora. Tenho pouco tempo entre os dois trabalhos e a faculdade. Mas, nos meus 45 minutos de intervalo, faço render. Encontrei um ilustrador ideal para fazer a capa do livro. Vou ter capa antes de ter livro! Esse filho está alimentando grande parte do meu prazer diário. Na verdade, ele é quase um segredo, meu momento escondido de absurdo deleite. Me esbanjo. Até o final do ano ele tem de estar terminado. Foi promessa de ano novo.