domingo, 26 de abril de 2009

crisis



Estou em crise.
Sou o tipo de pessoa que tem muitas crises existenciais.
Mas mesmo assim tenho amigos, ok? E namorado. E sou livre de inimigos.
Ou seja, não sou chata, apesar de ser confusa.
Minha crise sempre esteve por perto, mas eu já a chamei de várias coisas, mas a sua última nomenclatura me deixou assustada. Por ser tão verdade...
Num raro momento livre da minha vida, depois da prova da aula mais panaca de todas, eu, o Marco e o Dionísio sentamos no parco gramado da faculdade pra conversar.
O Marco está numa fase zen e cheia de ideais, o que me lembrou a mim mesma há 6 anos atrás, mas, ok, já superei a crise do momento hippie. O problema é que a gente começou a falar sobre signos, o que nunca me afetou, pois acredito e desacredito conforme minha vontade de negar ou aceitar o que se diz. Mas o caos começou quando ele disse que os geminianos não conseguem terminar nada e que isso não precisa ser um defeito. Os geminianos vieram para abrir várias portas e se envolver em vários projetos. Querer terminar algo contradiz seu instinto natural e te faz sofrer. Evoluir é aceitar isso. Ok, até aí eu estava em paz.
De noite, fui no cinema com o Fabio e encontrei a minha prima com o namorado por acaso. Resolvemos ver um filme juntos. A Carol sugeriu Divã, porque ela adora filmes brasileiros. Os homens disseram que a gente que decidia e eu aceitei a idéia da Carol. Divã, então.
O filme termina (quem não viu, não se preocupe, não revelo nada) com a personagem concluindo que todo mundo tem frustrações e que o importante é lidar com elas. Não se vai ter tudo, mas se tem alguma coisa.
Saímos do cinema com a Carol e o Ronald perguntando se a gente lidava bem com as frustrações.
Damn it! Não consegui nem responder. Ainda bem que eles mesmos movimentaram a conversa.
Meu Deus! Aí que caiu a ficha: minha maior frustração é não ter terminado nada relacionado à minha arte até hoje e...aparentemente, isso vai continuar desse jeito! Simplesmente, porque eu sou incapaz de terminar, de concluir, qualquer coisa relacionada à minha produção.
Estou em choque.
Desculpe, precisava compartilhar.

8 comentários:

Comentador Fiel disse...

pra mim crises só tem uma utilidade, abandonar o velho e abraçar o novo, quase uma mudança paradigmática.


e o término é sempre tão chato e estadounidense. Os pseudo-cults do leste europeu sempre deixam em aberto para que cada um termine como achar melhor. =)

Anônimo disse...

"Meu Deus! Aí que caiu a ficha: minha maior frustração é não ter terminado nada relacionado à minha arte até hoje e...aparentemente, isso vai continuar desse jeito! Simplesmente, porque eu sou incapaz de terminar, de concluir, qualquer coisa relacionada à minha produção.
Estou em choque."

Mas o que seria terminar? Seria publicar algo, comprar o desejado, etc? Porque, ainda sim, vão existir mudanças e mais mudanças que poderiam ser feitas. É essa sensação que tenho: cada texto que escrevo e pesquisa que me meto se eu releio 10 vezes tenho 10 idéias diferentes e mais de 10 possibilidades de mudança ou "complementação" de conteúdo.Então a sensação de deixar em aberto é, de certa forma, de viver. Você sabe que amanhã pode sempre fazer alguma coisa de diferente, nem que seja um outro caminho na volta pra casa ou comer um outro recheio daquela empada que você gosta. =)

Bonito cabelo, bonitos textos, bonito blog. Saudades de tu, moça bonita! Beijo, Mayra

Polly Ana disse...

E desde de quando as coisas tem de ter términos, não podem ter recomeços?!
no momento, não posso dar uma visão de que a crise é algo bom como afirma o comentador fiel, estou em uma grande tb!

Ps: Adorei seu programa de rádio e da próxima vez participarei!

Ps2: Vc viu o projeto da Carla?! Parece algo legal!

Juliana Skwara disse...

Crises fazem parte da vida,sei bem como é.
estou com meu livro pela metade e nem tenho facul, mas não vou desitir.
quando o sonho é pra valer, agarre com un has e dentes.
Bjus e boa sorte
buaaa...não vi Divã

Polly Ana disse...

E quando se sabe que sonhos são para valer ou meras ilusões que nos agarramos para tentar viver?

Ps:. Tá, comentário meio dark, minha crise se aprofunda...

Ps2:. Adorei seu programa de rádio!

Anônimo disse...

Oi Pat! Te respondi lá no blog, copio e colo abaixo:

Pat, que surpresa boa você por aqui! =)

Legal sua opinião sobre religião. É curioso porque eu me interesso muito pelo tema, faço dele meu ofício, mas me considero atéia. Acho que preenchi esse “espaço” estudando sobre as religiões, sei lá hehehe De fato existem os proselitismos, que nem são exclusivos de crentes de religiões. Basta crer para poder ser xiita, né? Veja, por exemplo, a luta de teístas x ateístas que rola no mundo acadêmico. É uma coisa de louco, e muitas vezes petulante. Sem o menor respeito sobre a lógica e crença alheia. No fim das contas a gente tem é que se policiar para não cair nessa arrogância também de achar que a crença do outro é inferior. E talvez esse não seja um problema da religião, per si, mas dos que fazem ela existir… Essa idéia de um Deus que permite a diversidade do mundo provavelmente seria a mais saudável pra uma coexistência que respeita, de fato, as diferenças…

Que bom que você gostou do comentário no blog, foi literalmente a primeira coisa que me passou pela cabeça quando li seu post. =D
Essa sensação de deixar em aberto não é tranqüila mesmo. Objetivos concretos precisam de um fim para se tornarem reais, mas, por exemplo, o escritor que publica uma obra, ainda que em pouco tempo ache que aquilo estava incompleto, publica uma espécie de “retrato" do seu próprio tempo. Registra impressões, idéias, crenças, estéticas que podem mudar amanhã, mas nem por isso serão menos relevantes, ou vivas… Ser flexível talvez seja revelar várias etapas de você mesma, o que, na minha singela opinião é, certamente, muito válido.

Isabela disse...

Velha e gorda, sou tua fã!! Definições e conceitos existem para ser mudados. Crise não, só uma constatação de um mal dia. Sua arte continua e eu sou prova do q vc faz por ela.
Bjooos, fat!!

Dionisio Neto disse...

Mto legal sua analogia da sua fase atual, em paralelo com as caracteristicas marcantes do seu signo. So não compreendo como vc tem comragem de colocar um leonino como personagem secundário (risco de vida..)do seu texto rsrsrsrsr. brincadeira. Ser sitado no seu blog é uma honra(msmo que como coadjuvante)
Bjssssss