sábado, 12 de janeiro de 2008

Loura ilusão

Muito obrigada a todos que têm lido este blog.
Agradeço, principalmente, àqueles que têm feito críticas, positivas e negativas, ao meu trabalho.
Quem, verdadeiramente, ama a literatura está sempre buscando se aperfeiçoar.
Esse feedback rejuvenesce as veias!

Loura ilusão

Meus pensamentos tortuosos
Inflamam a toda hora
É cerrado em mim
E tudo é seca

Nas minhas galerias,
Busco o que ainda há por dentro,
Além dessa imensidão de extratos
Que não dizem nada.

Naturalmente infértil,
Esse nós não alimenta o mundo
Somos apenas a víscera, da víscera, da víscera
Comida e carcomida pelo nosso jeito-destruição

Mesmo almejando o fim,
A morte me protege da total ausência
E essa nossa coisa sazonal
Vem de volta
Como se nunca tivesse sido soterrada
Pela nossa acidez.

Não há ipês amarelos com coroas de flores a seus pés
Nem promíscuas caliandras.
Só o campo sujo.
Lá, o passado já é alimento
Pro beijo da chama
E nós? Nós somos algo de belo,
Que talvez esteja morto,
Talvez, esteja apenas quebrado;
Mas que está escurecendo.

17 comentários:

Anônimo disse...

Como reverter o morrer cotidiano?
=/

Filipe Mello disse...

Não consegui encontrar o porquê do poema.

Essa parte: “Somos apenas a víscera, da víscera, da víscera
Comida e carcomida pelo nosso jeito-destruição"

"E essa nossa coisa sazonal"

"Não há ipês amarelos com coroas de flores a seus pés"

Ficaram muito boas, mas o projeto do poema não está claro. Você poderia escolher mais algumas palavras, achar sinônimos... deixar um pouco o lugar comum.

" Somos apenas a víscera, da víscera, da víscera
Comida e carcomida pelo nosso jeito-destruição" –

Esse trecho é o melhor do poema, aqui você deve, acho eu, ter pensado muito pra chegar nisso, que ficou muito bom.

Mas o poema como um todo, pra mim, falta o "o que?" você quer dizer....ai depois você pode pensar no "como?" ira dizer.

É isso... bjo

Lucas Pereira Caixeta disse...

Mais uma vez, recebi suas palavras de uma ótima forma!... vi um filme agora que me ligou ao que voce disse ..."Somos apenas a víscera, da víscera, da víscera
Comida e carcomida pelo nosso jeito-destruição".

Peguei como se fosse uma explicação por alguns atos e atitudes de nosso velho e habitual cotidiano. "Pelo nosso jeito-destruição".

Voce escreve intensamente... e de uma forma que atinge.

Ganhou um leitor, garota! =D

Beijos

Mona lisa Budel disse...

Olá ...

Dê uma olhadinha nisso ... é um selo ... uma idéia dos blogueiros para divulgar outros blogs ...

citei o seu blog ...

http://monalisabudel.blogspot.com/2008/01/esritores-da-liberdade.html

Anônimo disse...

" Nas minhas galerias,
Busco o que ainda há por dentro,
Além dessa imensidão de extratos
Que não dizem nada. "

Gostei muito de como a senhorita se refere a você mesma, usando a metáfora das " galerias"

Unknown disse...

De repente me pareceu escrever pra si mesma... mas ao fim eu ví um pessimismo muito mais comum do que eu imaginava. Esperança para nós!!! \o/ Bju!

Anônimo disse...

Sensacional o post anterior, esse post, enfim, acredito que esse blog só terá publicações de ótimo gosto. Não é por ser amiga de longa data ou por lhe achar desde sempre persona interessante e inteligente. Pat, vai fundo na vontade de escrever! Podem roubar tudo de você, menos essa vontade insaciável de escrever que rende a nós, seus leitores, excelentes frutos. Dá gosto te ler. ;)

Beijocas!

(e me liga pra gt marcar uma boa farra)

vieira calado disse...

Longa vida ao seu jovem blog de poesia!

Cumprimentos

Diego Toniato disse...

Olá!

Gostei muito de seu blog, parabéns!

Como já disseram, você escreve com intensidade, e admiro isso.

Abraço

Poesia na hora certa disse...

Que lindo o blog e todas a s poesias!!!

Parabéns!

Não escrevo mas leio... e adorei receber o link pra acessar essa página tão bacana.

Luís Valério.

http://www.myspace.com/luis_valerio

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Muito massa esse poema Pat

Massa

Anônimo disse...

Patyy..
adorei o seu blog..
queria ter esse talento de ver o mundo e coloca-lo em poesia de uma maneira tão natural... parabéns!!!...sempre que puder passarei por aqui
bjus =)

Anônimo disse...

Gostei da alusão ao nosso querido cerrado.
Uma boa forma de falar de morte e vida.
Mas o cerrado é ainda mais foda, pq quando parece morto ele revive.

Tem algo de Augusto dos Anjos nisso tudo. Acho que poesia misturada com biologia sempre me lembra ele. Víceras, acidez, carcomido.

well, very good girl!

Carla Ventura disse...

oi! Não sou boa de comentar poesia, mas venho aqui dar umas lidas :)

Anônimo disse...

Oi Pat! Não sei se você vai lembrar, mas fizemos a matéria com a Beth semestre passado. Te achei aqui, caminhando pelos blogs da vida...

Beijos.

Anônimo disse...

Obrigada por visitar meu blog. :)
E prossiga nas expressões de efeito e metáforas - gosto delas.
Amplexo,
B.