segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Púbis entediado


Depois de ouvir todo o tipo de teoria sobre a influência do clima no temperamento das pessoas, só posso concluir que o inferno deve ser muito estressante e não assustador, e angustiante. É quente e insuportável mesmo!
E declaro que estou enlouquecendo com esse calor na terra candanga.
O desenho acima é de uma artista plástica chamada Rebecca Schiffman.
E o texto abaixo é mais um pedaço do meu romance, que ainda rumino. Nessa ocasião, a personagem acaba de sair da padaria onde xinga a caixa de vagabunda. Na confusão, esquece de comprar um isqueiro para os seus cigarros.
{comentem}
Sobre o post anterior, obrigada pelos comentários! Não sabia que o Alexandre Machado era o QI da Fernanda. Isso me faz perguntar se existe sorte ou se tudo é mesmo uma questão de contatos e lençóis. Fuckin life!


Estou sem isqueiro. Na loucura, esqueci de pegar um também. Isso é menos mal. As pessoas não dão cigarro, mas não são egoístas com fogo. Vejo um transeunte parecido comigo fumando. Ele se veste como um mendigo, mas dá para perceber que na verdade é só um garoto de classe alta tentando se auto-afirmar.
Me aproximo. Ele percebe e pára.
Posso acender o meu no seu?
Oi?
Ele aparenta ter ficado assustado com a minha abordagem. Deve ter uns dezenove anos. No auge da vida estudantil, achando que a vida é arranjar garotas e experimentar drogas. Doce limitação!
Posso acender o meu cigarro no seu? Claro, claro.
Ele vai estender o cigarro para mim quando eu o interrompo, segurando sua mão, levando o cigarro de volta para a boca dele.
É mais fácil assim.
Encostei o meu cigarro no dele. Um beijo de nicotina. E puxei o ar. Acendeu. Me afastei.
Obrigada.
O garoto parecia envolvido por uma energia mística. Estava totalmente extasiado com aquela mulher adulta, acendendo o seu cigarro no dele. O garoto me achava sensual e não tinha nenhuma proteção quanto a deixar isso transparecer. Ele ainda estava na fase de não mascarar todos os sentimentos.
Claro. Claro. É...a gente pode fumar junto ali naquele banquinho. Eu costumo sentar ali. Tem uma vista pro mar. Aí, se você quiser fumar outro, pode acender no meu de novo.
Acho que a minha roupa de mendicância e o meu cabelo desorganizado se encaixaram perfeitamente na mitologia de mulher que ele havia criado. Eu queria passar a manhã sozinha e tudo já tinha sido tão tumultuado. Primeiro minha mãe, depois a vadia do caixa...mas resolvi abrir mão da minha solidão. Seja lá o que fosse acontecer, o controle era meu e isso era novo e divertido.
Vamos... larguei no ar, indo na frente. Ele deu uma leve corrida para me acompanhar. Nos sentamos e ficamos em silêncio por alguns momentos, só tragando. Você mora aqui perto? É. Moro naquele prédio cinza. Eu moro na próxima quadra. Você mora com os seus pais? Não. Eu moro sozinho. Eu vim pra cá para estudar. Ah...legal...
Uma nova pausa se iniciou. Tragadas profundas.
Você quer ir lá? Lá aonde? No meu apartamento. Ele disse isso um pouco tímido.
Eu queria ir ao apartamento dele? Claro que não. Porquê? Mas, também, por que não? Por que a negação tinha que ser sempre a primeira opção? Por que não viver e experimentar? Por que não me tratar com um resquício de dignidade e, ao menos, ver o que acontecia? Viver do prazer da experiência. Isso me tiraria do tédio, do marasmo. Isso seria novo. Hedonicamente, me preparar para o dia e suas surpresas. Sem mais a frigidez das expectativas, das esperas. Pro inferno com tudo isso! A ação, isso sim. A ação pode driblar a velhice, a doença, a paixão. Pode me fazer sentir enganosamente maior. Deliciosamente maior. O controle dos meus sentimentos, superando a natureza e o tudo de terrível que ela traz. Superar a suscetibilidade à melancolia.
Vamos! Caminhamos calados. Entramos pela portaria antiga. Não havia elevador. Subimos um lance de escadas e no último degrau ele me agarrou num beijo desesperado como se aquilo fizesse parte de um texto pré-produzido. Fui recíproca para com a sua pele macia. Nossas línguas de nicotina eram mais ásperas. Lixas loucas a se entrelaçar convulsas. Lambi-lhe o rosto todo feito cão. O anônimo é forte. Enrosca minhas pernas pálidas no seu tronco e me carrega até a porta. Acerta a fechadura sem vê-la. O rosto encaixado no meio dos meus seios. Seu cabelo é um sebo castanho claro. Entramos no apartamento que eu nem vejo como é. Só percebo a meia-luz que entra pela fresta da cortina. Ele me deita no sofá e tira logo a calça, apressado. O desejo dele apontando para mim. Cheiro de sabonete e suor. Pega uma camisinha.
Você quer colocar ou quer que eu coloque?
Ouço sua voz sem memórias enquanto meu sexo queima.
Eu coloco.
Rolei o plástico, sentindo as pulsações do garoto que eu tinha nas mãos. Era vida ou morte? O que eu buscava com a mão lubrificada e o cheiro de sexo no corpo?
Eu penso bem. Só queria o prazer sem sentimento, mas alguma coisa me detém. Há em mim algo intocado, inabalado, que me ordena para a conservação. Mas isso eu também quero matar por dentro. Todo vestígio de esperança.
Você gozou?
Fiz que sim. E gozei mesmo. Mas uma porra triste. Ele se levantou do meu corpo e vestiu sua cueca novamente. Vou pegar uma água. Você quer?
Não...eu já vou embora.
Tento organizar minhas calças rápido, mas coloco-as do avesso e ele estranha meu desespero repentino.
Você tá bem?
Calço meus sapatos e bato a porta atrás de mim. Era 35, o número na porta. A porta da qual eu poderia ter saído como uma prostituta, ou uma arrependida.
Ou, o que é pior: completamente inalterada.

24 comentários:

Anônimo disse...

Já que o blog é aberto para críticas, então vamos lá...
Achei um conto nada erótico. Fugindo do foco a todo momento e até vulgar. O cara mal acende o seu cigarro e já inicia uma libido? Conto ''erótico'' ou pornozão-chanchada como o seu, tem de ser bem planejado, PELO MENOS. Fragmentado, bem explicado, acontecimentos por partes, uma coisa de cada vez. E outra: você não coloca pontuação nos diálogos? Ou isto é algum tipo de ''linguagem coloquial''? HAHAHAHA.
Agora a pior parte: "...Mas uma porra triste". Porra triste? Que tipo de sentido figurado é este filhota? Porra triste? HAHAHAHAA. Essa é nova.
Bom, espero que continue a ruminar sobre seu romance e não o coloque na prática, porque ao meu ver, será uma perda de tempo pra você. E pra todos uma poluição visual/gramatical.

Polly Ana disse...

Ai, ai, ai mesmo!!!! Dói em mim ver um comentário ignorante e paradigmático desses. Ô filhinha [Kátia] ninguém te falou em pós-modernismo não?! Ao, ao menos, não te avisaram que o século 17 já passou? Ou ainda, você nunca ouvir falar em José Saramago não?! Crítica assim, fundamentadas em senso comum e um falso conhecimento literário não devem nem ser levantadas. Leia bastante, depois comente! Então, não digo que trarei a verdade, mas já li bastante, gosto de literatura e gosto da sau literatura, Patrícia. Gosto do seu despojamento e de sua linguagem debochada! É disso que precisamos, uma linguagem de argila, áspera ainda, sem virar uma obra de arte que não mais lembre nem ao menos o material que a gerou... A não pontuação, o emaranhado e o quase fluxo de consciência à la James Joyce e Clarice lispector dão o toque final à passagem escolhida com louvor para compor este post. Você conseguiu fazer emergir uma situação prosaica sem hipocrisia alguma, a protagonista é (des)alinhada com todos seus paradoxos e estrabismos. Gostei! Achei fantástico a mistura de tudo, afinal quem falou que tudo deve ser organizado, a vida é mesmo uma bagunça, e viva ao caos!!! Não posso deixar de descrever o queanto gostei do jogo de imagens, do jogo de simbolismos: o cigarro, a fechadura, a fumaça...
Não abandone nunca o projeto do livro, vc tem talento, moça, sempre te falei isso!!! Ah, só mais um recadinho para a Kátia: Foda-se a Gramática e coim ela a pontuação!!!

Periféricos Atalhos disse...

Oi, Patrícia, beleza?

Primeiramente, peço licença, não pra bancar o justiceiro, o advogado para o seu texto. Mas acho desleal o lance de a Kátia falar assim. Quem chama pro pau tem que bater de frente e mostrar o seu cacife. Fiquei curioso pra ler o que a Kátia escreve, se é bom para pelo menos sustentar tão dura crítica.
Quanto a pontuação, blog não é livro, e, ouvi dizer que as editoras, por melhor que seja o autor, elas tâm profisionais pra isso.

Patrícia, continue com o seu livro, não desista! Correria é assim mesmo. Nm dia areia, m'outro colírio.

Valeu?

Anônimo disse...

"Ô filhinha [Kátia] ninguém te falou em pós-modernismo não?! Ao, ao menos, não te avisaram que o século 17 já passou"?

Pós-modernismo agora é chamado de semi-analfabetismo? Pós-modernismo pra mim não é isto, sinceramente. E pra você, o que é?
Você QUER MESMO comparar Lispector com este lixo moderno?
E outra, por que eu não posso opinar aqui? Mesmo de maneira negativa. Por que a verdade não convém à autora?

"Crítica assim, fundamentadas em senso comum e um falso conhecimento literário não devem nem ser levantadas."

Ah, não devem? Então pra quê ter um blog se o mesmo não pode obter críticas opostas? Eu xinguei a autora? Disse alguma palavra de baixo nível? Bem paradoxal você... Vir falar de literatura e não respeitar palavras alheias. Clap, clap pra você. hahahaha.
É isto mesmo? Por que falar de arte (literatura) se não respeita nem a opinião alheia? Certo? Falso conhecimento? Em que você se baseia pra afirmar isto?


"Gostei! Achei fantástico a mistura de tudo, afinal quem falou que tudo deve ser organizado, a vida é mesmo uma bagunça, e viva ao caos!!!"

Minha nossa... "SE MORRE"! (Já que é pra escrever errado, tudo é caos.)


"Foda-se a Gramática e coim ela a pontuação!!!"

Ah, deu pra ver que pra você pouco importa a gramática. hahahaha. E a educação também, viu? Brasileiro é bicho burro mesmo, nem a própria gramática valoriza. Gente burra precisa comer capim. Francamente.



E sobre o indivíduo aí em baixo...

"Quem chama pro pau tem que bater de frente e mostrar o seu cacife. Fiquei curioso pra ler o que a Kátia escreve, se é bom para pelo menos sustentar tão dura crítica."

Eu disse que escrevo? Nossa, não lembro de tal afirmativa. Agora para contrapor uma opinião preciso escrever? Bem, realmente... É melhor MESMO eu nem aparecer mais aqui, perda de tempo. Continuem assim, enchendo a boca, falando sobre literatura e caindo em contradição não respeitando opiniões opostas... Triste, muito triste. Deve ser o tipo de geração que adora Fernanda Young... Beijos.

Patrícia Colmenero disse...

Eaí pessoal.
Fiquei muito feliz de ver que o circo tava pegando fogo por aqui. Me anima profundamente ver que a minha literatura causa tantos sentimentos, bons e ruins, em quem lê. Isso, certamente, é melhor do que passar desapercebida.
Agradeço às críticas da Kátia, da Planária e do Sérgio. Foi muito estimulante para mim a leitura de tudo isso que vocês me deixaram.
Do começo, este blog é totalmente aberto para críticas sim. Quem comenta aqui pode criticar o que eu escrevi e também o que o outro comentou. É uma liberdade total. Um samba do crioulo doido!E essa é uma das intenções do blog: ter um feedback.
Kátia, te respondendo, explico no post que não é um conto, afinal, nem tem muito lógica como conto. É um pedaço do meu romance. Por isso, ele está meio descontextualizado mesmo. Mas eu deixo isso claro. Se você acha que não tem nenhum estilo, mesmo não sendo estilo de conto, e que o texto é fraco mesmo, tudo bem. Vou até reler pra ver o que eu ainda posso melhorar. Afinal, a escrita é uma eterna releitura.
Quanto à libido repentina da personagem, não é bem isso. A protagonista, na verdade, não é cheia de tesão, é autodestrutiva. Quem quer ver sua caveira, até molha a calcinha. Ela quer ver o oco da vida. Vai depredar cada pedaço de si. Não tem nada a ver com sexo, nem com erotismo, nem com pornografia, nem com libido. É depressão.
Quanto aos diálogos, é isso mesmo. Eu não uso marcação. Eu forço uma leitura diferente. Um pouco fluida e um pouco quebrada. Eu acredito nesse ritmo, que também é utilizado por outros autores. Mas, claro, se você não gostou, é um direito seu. Nem todo mundo gosta dessa desconstrução da estrutura convencional do diálogo. Mas eu acho que, mesmo sem indicação, o texto tem sentido e fica mais rico assim, pois pode ser explorado de diferentes formas por cada um. Por exemplo, às vezes, não se sabe qual o personagem disse o quê e, para mim, isso é divertido, isso é riqueza. Não tem nada a ver com linguagem coloquial. É estilo mesmo.
Quanto à frase "Mas uma porra triste" que te deixou indignada, digo que isso não é sentido figurado. É sentido literal mesmo. Porra = gozo, liquidosinho que sai de dentro de você.
Acho que a Planária entendeu bem a minha proposta de inovar a linguagem. Que aliás, nem é muito nova mesmo, como ela disse. Já está em Clarice, uma grande inspiração para mim.
Percebo que para a Planária e o Sérgio, o texto pesou mais para o que eles consideram interessante na literatura. Yeah! Tem gente que gosta do que eu escrevo e tem gente que não gosta. Assim como tem quem cuspa em Baudelaire e quem o coloque num pedestal. Ces't la vie! Valeu pessoal! Continuo na militância caótica do ser!

Polly Ana disse...

E ae Patrícia, nem vale a pena rebater alguém que acha que o não uso de pontuação textual é analfabetismo. Imagina qual seria a crítica dessa pessoa a Guimarães Rosa? Tenho até medo de pensar o que ela falaria de Virgínia Woolf... Acho que Kátia queria mesmo era expurgar algo, pena que saiu o piro dela aqui. Parece que ela não levou em conta a licença poética e muito menos o trabalho com a escrita. Rebato aqui o que ela disse que a opinião que é válida é só a que melhor diz da escritora, o que não é verdade. No entanto acho que críticas são acréscimos e se eu tiver de fazê-la em algum momento neste blog, farei sem o menor problema; todavia, há de se observar que a crítica deve ser contextualizada e anão um monte de palavras agressivas contra alguém...
E Paty, ique extremamente feliz de existerem Kátias, são estas pessoas que enobrecem e polemizam o trabalho, afinal, Vírgínia Woolf também achou Ulisses de Joyce um lixo, e este livro não deixou de ser a sacada do século XX por causa de uma opinião foumulada em gosto e não em análise. As pessoas que lêem devem saber diferenciar o 'gosto' da 'análise'. Kátia não gostou e acabou misturando tudo. Coitada dela ao descobrir que a gramática não é soberana, que Carolina Maria de Jesus é sucesso até no exterior e, enfim, descobrir que a Literatura é algo mais amplo do que um conjunto de sinais gráficos perfeitamente articulados e de acordo com a norma culta gramatical brasileira.

Pena de vc!!

PS: Patrícia, as polêmicas são sempre bem vindas, sem contar que esquentam as coisas por aqui!!! kakakaka

felipemaia disse...

Ter o controle da situação, como diz o eu-lirico: "o controle era meu"; se faz na experiência - me senti lendo Foucault, rs.
O melhor: "prazer sem sentimento"...
Patrícia, vc escreve o que queremos ler! Parabéns! E quando sai o ptóximo???

:D

Comentador Fiel disse...

Aí não né. As pessoas são capitalistas até a alma, inclusive quando a última deixa o corpo.

Sobre o texto, eu li, reli e uma coisa não me sai da cabeça:

Qual foi o acontecimento relacionado à mãe?

Roses disse...

já que é aberto a qq reles ser, cometo tbm...
mas pra dizer que o texto é encantador e assustadoramente contemporâneo. diz o q não conseguimos explicar pela experiência, pelo viver. e permite q cada leitor q vive no mundo louco de hj tire pra si o que vale a pena, compreenda o que lhe toca. pós moderno em essência, se é q essa afirmação num é contraditória...
aheuhauehauehau
mto bom! acho q o livro vai ficar fantástico!
"Ele ainda estava na fase de não mascarar todos os sentimentos." boa fase... trágica, mas boa...
"Viver do prazer da experiência." sem mais comentários!

Raisa. disse...

Quando teu romance será publicado? qual o título? enfim, fiquei curiosa. e é bacana receber críticas, ao menos nossos escritos fizeram alguém refletir e comentar =)

Enfim, quero saber mais sobre o teu projeto e fico bem honrada com o convite, caso queira email pra explicar melhor pode mandar algo para: caco.de.vidro@hotmail.com


besito.

Anônimo disse...

Concordo com a Kátia..
Qdo entro num blog de poesia, sempre imagino ler algo que valha apena, gosto de imaginar as cores nas asas das borboletas...o brilho das estrelas no seu, a brisa tocando a pele...Infelizmente, junto com a modernidade veio a libertinagem erótica, explícita de uma maneira quase vulgar.
É uma pena que vc já comece por aí... mas muita gente aprecia esses contos e fantasias, aos quais vcs os chamam de "poesia"
Estou vendo que as críticas não são bem vindas, é um blog apenas para amigos? Parece q alguns levaram para o lado pessoal. Vamos melhorar nossa literatura (se é que eu posso dar esse nome), Já basta os noticiários (internacionais) e comerciais (brasileiro) sensacionalistas (direto e indireto) fazendo apologia ao Turismo Sexual brasileiro.

Anônimo disse...

... Concordo com a Kátia.
Qdo entro num blog de poesia, sempre imagino ler algo que valha apenas. Gosto de imaginar as cores, nas asas das borboletas... o brilho das estrelas no céu, a brisa tocando a pele, os lábios suavemente se acariciando...
Infelizmente, junto com a modernidade veio a libertinagem explicitamente erótica, de uma maneira quase vulgar!!!
É uma pena que seu inicio seja assim, porém muita gente aprecia esse tipo conto e fantasia, aos quais alguns os chamam de "poesia”.
Estou vendo que as críticas não são bem vindas no seu blog. É um blog só para os amigos? No meu entendimento, até parece que alguns visitantes levaram o comentário para o lado pessoal.
Vamos melhorar nossa literatura (se é que eu posso dar esse nome), Já basta os noticiários (internacionais) e comerciais (brasileiro) sensacionalistas (direto e indireto) fazendo apologia ao Turismo Sexual brasileiro.

Anônimo disse...

Gosto do jeito que tu escreve, tem a coisa da sensualidade meio que reprimida, tem o erótico bonito, deixa de lado a vulgaridade que o pessoal coloca em textos desse tipo. Gosto bastante, viu? Seu romance está ficando bom!

=***

felipemaia disse...

Anônimo,
vc que se diz tão conservador(a) por que não aprendeu gramática???
"[...]aos quais vcs os chamam de "poesia" [...]"
Aos quais??? que regência é essa?

Pelo grande Niemeyer que tudo vê e que tudo faz ovular!
Vai aprender gramática, latim, grego, teoria literária e tudo o quanto for necessário pra poder criticar um texto literário!
Se vc gosto do parnasianismo que bom, ainda precisaremos de pessoas que dominem temas passados pra estudos comparativos!

;-)

Polly Ana disse...

Apoio o companheiro acima!!!!
Sempre precisaremos de pessoas que leiam apenas os clássicos e tenham em mente tão-somente os paradigmas cartesianos; enquanto outras vivam o contemporâneo e dêem o sopro de vida em argilas amorfas que nos assustam por tamanha identificação com labirinto de espelhos borgeano.

Pedro Ivo disse...

Patrícia, fantástico post! Penso nas vezes que, num ato repentino de hedonismo, lancei-me como a personagem numa aventura do "por que não?". E tudo acontece tão rápido, tão louco, tão cheio e... tão vazio... É o tédio após o caos. é a "porra triste", o lapso posterior da memória "nada aconteceu; na verdade, aconteceu, mas é como se não tivesse acontecido. Talvez nada tenha acontecido mesmo ou será que aconteceu?". E continua-se num trago após o outro da vida, antes que a brasa chegue próximo ao fim.

P.S. Escrvo sobre outra temática nos meus "mini-contos crônicos" e poesias, mas adoraria uma visita sua no meu blog DE PROFVNDIS. bjão.

Comentador Fiel disse...

sentindo falta de atualizações.

Anônimo disse...

Realmente, o circo está pegando fogo!
Acho que você não deveria se preucupar com as críticas, pois na maioria das vezes, nos ajuda a melhorar! Chegar colocando vírgulas e criticando tal coisa, é fácil, exeto caso quem comente aqui seja apenas profissionais, caso não, experimentem sentar o rabo pra escrever. No meu conceito, seu romance está ótimo, uma pena eu não ter pego desde o começo, seu blog está salvo nos meus favoritos, embora não é sempre que tenho tempo de passar por aqui e deixar um comentário. Gosto desse tipo de leitura, envolvendo críticas da vida adolescente, com cheiro de farra e drogas. ''No auge da vida estudantil, achando que a vida é arranjar garotas e experimentar drogas. Doce limitação!''
Doce limitação, realmente as vezes é duro ser adolescente, e viver com essa capa persistível proporcionada pelos pais. Esse foco de rebeldia me chama a atenção, embora eu não seja literalmente uma adolescente rebelde. Quando você lançar seu romance em algum lugar, me mantenha informada! Está de parabéns, querida! xx.

Fabi disse...

é, o calor tá de matar!
heoiheiohoeeh

C. disse...

Oiii Patrícia! Tudo bem? Acho bem legal a maneira como se esforça com o blog, principalmente para levá-lo aos futuros leitores e etc. A forma que se esforça para divulgá-lo. Uma vez você até me deixou um scrap avulsamente com o link dele, entrei e comecei a ler com paciência. Só que, preciso fazer uma crítica, não em relação aos textos, mas em relação a seguinte atitude: Você divulga o seu blog e ao mesmo tempo não se interessa TANTO em parar e ler DE VERDADE ALGUNS textos alheios, como já vi por acaso, através de comentários pincelados, em alguns blogs. Entende?
É apenas a MINHA opinião. Você com certeza entende que atualmente o número de pessoas que gostam de ler o que escrevemos é um número mínimo, sabe. Muitos têm preguiça, muitos não fazem questão nem de abrir o link do blog quando este é divulgado, infelizmente é assim. Então, se queres divulgar sua escrita saiba também dar atenção a escrita alheia, esta também pode vir a te acrescentar algo. Até porque, tem várias pessoas que também estão no mesmo barco que você: divulgando, mostrando um talento tão belo que é escrever.
bjs

C. disse...

Olá Patricia! :)
Bem, fico feliz por voltar aqui e constatar o que eu já esperava: que você aceitaria bem a crítica. Até porque indiretamente foi um conselho plausível ao mesmo tempo. hehehe.
Bem, sobre seu comentário, você me entendeu perfeitamente. Adoro usar palavras mortas como "três mangos, câncer, mata-ratos(super rodriguiano isso), dentre outras". Acho mais sujo, acho bonito.
E me entendeu mais ainda quando disse que o texto poderia ser lido como peça de teatro. Eu tive a mesmíssima impressão. hahaha
''Essa estranheza que você cria é o que o Guimarães Rosa chamava de seus 100%''.
Adorei! hahahaha
"Gostei disso: tão negra e sozinha como Lispector. Achei linda demais a descrição de Clarice. E me lembrou a descrição que Caio fernando Abreu faz dela também.Conhece?" Simmm!! Lembro, foi a partir deste texto do Caio, a visão dele sobre Clarice, que tive um pouco de visão própria também.

"O conto que Ana Bolena anunciava era esse da lolita com instinto assassino de almas?"

Não, o conto é outro, erótico MESMO, que está por vir, preciso de mais inspiração para terminá-lo. :/

Ah, e sobre templates, se precisar de ajuda... Não sei mexer muito, mas, tudo se aprende! rs

Bem, Paty, acho que entendeu bem o meu comentário e vi que o absorveu com o máximo de maturidade. Achei deliciosa sua atitude. Aguardo então um novo post seu!
Beijos

Pedro Ivo disse...

gostei do seu comentário no meu blog e críticas são bem vindas. Abraços

Bruna Pereira disse...

Meu Deus, confesso que fico até meio tímida de comentar aqui. Primeiro eu vejo: 22 comentários, minha nossa!
É digamos que eu nem tenho uma boa base pra fazer uma crítica como essas( no fator de conhecimento)mas te digo que de muito me agradou seu texto.
Digam-me pra quê a pontuação? O que importa hoje é que haja a comunicação, que eu entenda e sinta o que você escreveu; isso é o mais relevante!
Bom, um comentário simplório... É isso que te ofereço.
=)

Cla disse...

super badalado isso aqui!
ha ha ha
arrasa, mulher!